Manifesto

Este MANIFESTO, apresento-o aqui em forma de página de blogue, mas poderia ser visto e sentido de outra forma, com a presença do som e do texto no espaço.
Fico-me, por questões práticas, pelo espaço virtual, que proporciona uma experiência diferente…
Para que a minha mensagem esteja completa, peço ao ‘recetor’ que oiça o vídeo enquanto lê o que está escrito:








A batida de um coração, acontece mesmo quando a respiração se sustém.
Arte é respiração.
Mesmo quando se sustém, há um coração a bater, a alimentar a possibilidade da sua existência.

O coração humano bate e o homem está vivo, existe e tem razão de ser.
Tal como a arte.
Persiste no mundo segundo uma cadência que pode ser inaudível mas acontece.
Persiste.



Educar pode ser arte. Como ela, pode ser inspirar e expirar, segundo a cadência definida pelo coração, pelos afetos e pela inquietação que nos mantém vivos.
No inspirar e no suster da respiração arte, mesmo não se estando a praticá-la, a arte está a acontecer, pelas nossas mãos (ou pelo nosso coração). Pode não se estar a concretizá-la ou a exteriorizá-la, mas ela está a existir, em busca de alimento para a alma e para o corpo.
Os afetos não são ‘só’ as emoções: são tudo o que envolve e motiva a nossa busca desse alimento. A inquietação renova-se a cada satisfação, como se renova a vontade de aprender.

Defendo que se tome a educação como arte. Uma outra arte.
Defendo que a arte é distinta da educação, mas através dela pode educar-se. Uma outra educação.

O professor, não deixando de ser um especialista conhecedor de técnicas científicas, deve tomar decisões e atuar de uma forma consciente, prática, critica, reflexiva, e ainda intuitiva, artística e sensível.
O professor deve colocar-se em diálogo consciente e permanente com os alunos, com os espaços, com os tempos, com as práticas, e com ele próprio.

E esse diálogo, como a respiração, renova a cada instante a sua própria vida e a dos outros.




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